Que as meninas possam crescer plenamente, sem ter seu potencial limitado e aprisionado por uma caixa cor de rosa.
Que as adolescentes possam se desenvolver naturalmente em seu próprio tempo, sem as pressões de uma cultura perversa que as enxerga como o mais novo brinquedo sexual.
Que as mulheres possam conhecer, admirar e respeitar seus próprios corpos, sem ser bombardeadas com mensagens de que eles são sujos, impuros, pecaminosos, imprevisíveis e perigosos.
Que elas tenham verdadeira liberdade de escolha pra decidir se e quando querem ser mães. Que as mulheres que decidem não ter filhos sejam respeitadas. Que as mulheres que decidem ter filhos sejam respeitadas.
Que os homens dividam com elas a responsabilidade pelas decisões reprodutivas – afinal de contas, “filho não se faz sozinho”.
Que todos tenham acesso a informação e serviços de saúde de qualidade. Que a fertilidade seja entendida não somente em termos de ter ou evitar filhos, mas principalmente como aspecto importante da saúde.
Que as mulheres grávidas sejam repeitadas, apoiadas, informadas e bem atendidas durante a gravidez, no parto e no pós-parto. Que não sejam vistas como meras incubadoras de bebês. Que o nascimento não seja um momento de medo, terror e humilhação, e sim de conhecimento, apoio, e transformação.
Que as mulheres mães sejam respeitadas e apoiadas – afinal de contas, “é preciso uma vila pra educar uma criança”.
Que o pai, a família, e a sociedade assumam as suas respectivas responsabilidades, ao invés de jogá-las quase totalmente nos ombros da mãe.
Que seja, finalmente, um feliz dia das mães.